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terça-feira, 30 de novembro de 2010

HERNANI DONATO

Este livro vai ser reeditado logo mais, se é que já não foi né? Vale a pena tê-lo.

PEABIRU: UMA TRILHA INDIGENA CRUZANDO SÃO PAULO

Cadernos do LAP, FAUUSP - nr. 24 artigo escrito pelo arquiteto Daniel Issa Gonçalves. Mais uma coisa para eu achar e usar nos estudos sobre o Peabiru! Só vendem lá na FAU!

QUASE TODO O LIVRO SOBRE IBIUNA É INFORMATIVO

A parte gostosa é a das lendas e tradições.
Uma certa polêmica a respeito do nome Ibiuna, que uns dizem ser:
Ybi - UNA - terra preta ou Y-Una= agua preta
Mas a lenda fala sobre um local que tinha muita neblina, os ventos do atlântico subindo a serra do mar acabavam presas pela serra de São Francisco, tornando a área da represa um local nebuloso. Então não sei não. A terra em Ibiuna não é preta, ela é avermelhada. A água é meio escura, cheia de algas, talvez então agua preta seja mais correto. E acabaram colocando uma espécie de escultura com dizeres na entrada da cidade dizendo terra preta umas quinhentas vezes!!!
O rio que passa por lá e que é afluente do Sorocabuçu é o rio Una. Rio escuro, ou preto. A cidade se chamava Iuna, mas tinha outra na Bahia chamada assim, então a nossa ficou Ibiuna!! História estranha. Deixa eu ver se tem cidade Iuna na Bahia. Oh Yes! tem, mas é Una, sesmaria perto de Ilheus! Sesmaria é mais velho que nossa cidade de Ibiuna. Então acho que inventaram! O b não existia na grafia antiga! Por que será??

DETRAN RESPONDE

O Detran respondeu dizendo que tenho que procurar meu Ciretran e falar com o Delegado para saber o que está acontecendo! Eu tentei falar com o Delegado para perguntar se realmente tinha que fazer a prova, mas foi impossivel. Resolvi fazer a prova, por ser mais fácil do que falar com ele. Agora quero ver!

TUDO É CANSATIVO

Estou um caco de tanto ter problemas! Não acredito que dê tanto rolo por aqui tudo que tem a ver com orgão público. Eu devia ter desconfiado que os R$120,00 que o despachante queria para fazer o processo seriam bem gastos! Mais uma vez caí na história de fazer as coisas por conta própria. Não é assim que funciona aqui no Brasil.

MANDEI UM EMAIL PARA O DIRETOR DO DETRAN DE SP

Já uma vez fui prontamente atendida quanto a uma pergunta em relação ao licenciamento que pensava já ter feito e de fato estrava atrasado. Agora quero ver como poderei transitar sem carteira de habilitação, pois ela vence hoje!

SIM TUDO É ENROLADO AQUI

Tudo é feito de tal modo que voce precisa arranjar um despachante. Eu mesmo fui fazer a renovação da minha Carteira Nacional de Habilitação. Pra quê! Talvez fique pronta até 22 de Dezembro, ficarei 22 dias com a carteira vencida, acredita??
Pois é isso mesmo. A partir de amanha estou ilegal! Como vai ser isso?

TUDO ENROLADO

Voce compra uma embarcação de recreio, compra um motor, junta os dois e sai navegando. Seu motor funde, voce compra outro e sai navegando. No dia de vender o barco, voce não pode vender por que tem que estar com o motor que voce registrou primeiro? Que besteirada é essa? Desde quando o motor não pode fundir e voce joga fora como sucata??? Estou parva! Como é que pode?

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

AHA! CHEGOU O LIVRO Y UNA NOIVA AZUL



Nossa que dificuldade, não conseguia colocar a imagem em pé.so ficava deitada! A foto não está muito boa!Bem paciencia, também não há fotos deste livro em canto algum. O meu veio do Livraria Osório (Sebo), eles são 100% e entregam rapidamente. Foi um achado. Agora ler e comentar aqui as novidades sobre Ibiuna. Amanhã mais sobre esse assunto.

SAYING

"Yesterday is history, Tomorrow a mistery; Today is a Gift, that's why it's called Present" "Ontem é história, amanhã um mistério; hoje é uma dádiva, por isso se chama presente"

CARTAS NÁUTICAS

Iupiiii! Meu filho tem todas as cartas nauticas e eu as copiei. Agora só falta saber imprimir os trechos que me interessam! Mas eu chego lá!

TRILHA DO TELEGRAFO

Aqui se vê perfeitamente o traçado da trilha em branco, enquanto a estrada de terra até Ariri está em amarelo.

BACHAREL DE CANANÉIA?

Mais uma dessas deliciosas intrigas: por que bacharel? Do link que aparece abaixo, retirei informações do artigo:

CANANÉIA E PARANAGUÁ: Histórias comuns na era das grandes navegações


O ENIGMÁTICO BACHAREL DE CANANÉIA

Para um castelhano da época um bachiller significava um "tagarela", um hábil falastrão, ou seja , alguém com o dom da oratória. No português da época , bacharel também tinha esta conceituação, somente na atualidade é que o termo tem uma aplicação mais nobre: alguém graduado em uma faculdade, embora os dicionários ainda preservem o conceito arcaico de tagarela.
O misterioso bacharel, enfim, era o português Cosme Fernandes, sogro de Francisco de Chaves, que desaparecera na expedição de Pero Lobo em 1531, cuja eloqüência e esperteza seguramente lhe conferiram este apelido. Em documentos datados de 1542 da Capitania de São Vicente, então sob jurisdição de Martim Afonso, seu capitão e ouvidor Antonio de Oliveira transcreve uma Carta de Confirmação, na qual aos oficializar a posse de terras, cita com clareza o nome de Cosme Fernandes, o "bacharel", já então dono de terras no Porto das Naus, em São Vicente.igura das mais controvertidas da história das navegações pelo Atlântico Sul, o Bacharel de Cananéia chegou a ser cortejado pela coroa castelhana para que empunhasse a bandeira daquele reino espanhol e com isto aquelas terras e mares teriam reconhecimento de posse como se espanhola fosse.
O transito de expedições aportando na Ilha do Bom Abrigo, faziam com que o esperto Bacharel pendulasse suas preferências, ora por Portugal ora por Espanha. Em 21 de agosto de 1536 a rainha de Castela cria uma gobernación na costa do Brasil, para fazer frente a ousadia lusa de penetrar no continente além do meridiano de Tordesilhas, e a concede a Gregório de Pesquera Rosa, uma região costeira que iniciava-me na Ilha Cananéia (atual Bom Abrigo) e avançava para "rio de Santa Catarina", como cem léguas de este a oeste.

Desse modo, o atual Sul do Estado de São Paulo, todo o Paraná e Santa Catarina seriam uma província espanhola.Ocorre que o Rei de Espanha, sabendo que a decisão de sua Rainha confrontava com que ele havia doado por decreto a Dom Pedro de Mendoza, que partira de Espanha em Setembro de 1534 para colonizar o Rio da Prata, rasgou os documentos assinados por sua esposa. E assim retardou ou reclames castelhanos à estas terras por décadas futuras.Neste clima é que os degredados atuavam, fornecendo suprimentos às frotas por ali passageiras e auferindo vantagens materiais e políticas nesta "terra de ninguém".
O misterioso bacharel, enfim, era o português Cosme Fernandes, sogro de Francisco de Chaves, que desaparecera na expedição de Pero Lobo em 1531, cuja eloqüência e esperteza seguramente lhe conferiram este apelido. Em documentos datados de 1542 da Capitania de São Vicente, então sob jurisdição de Martim Afonso, seu capitão e ouvidor Antonio de Oliveira transcreve uma Carta de Confirmação, na qual aos oficializar a posse de terras, cita com clareza o nome de Cosme Fernandes, o "bacharel", já então dono de terras no Porto das Naus, em São Vicente.
Sua importância naqueles tempos para os que lançavam-se às estes mares e terras, chegou a impressionar a corte espanhola, a ponto de ser citado em ofício da Rainha de Castela em 9 de Setembro de 1536, no ato de nomeação de Gregório de Pesquera como gobernador destas terras.
A rainha pede ao bachiller apoio à missão de sue enviado, e em troca lhe promete que "....por certo mandarei ter em memória de vosso serviços para os fazer à vós e à vossos filhos o merecimento que tenha lugar..." Este homem, conhecedor da região, bem relacionados com os Carijó, com cujas mulheres fora casado e teve filhos com elas , prestou serviços a muitos navegantes e timoneiros que dirigiam-se aos mares do sul. O domínio da língua tupi e guarani, o conhecimento de trilhas e águas que adentravam ao continente, foi provavelmente um dos primeiros europeus a adentrar com barcos à vela e canoas nas águas da baía de Paranaguá , por ser integrante da frota de Vespúcio. 
A história confusa e contraditória de Cosme Fernandes, tem ligação direta com a correta locação do nome geográfico cananéia, pois onde foi desterrado, reencontrado e depois se relacionando com lusos e castelhanos, foram construindo referências históricas que o tempo encarregou-se de não questionar e transformaram-se em "verdades".

Assim, o "Bacharel" nômade, mercenário e aventureiro, transformou-se em referência para sítios geográficos fixos de forma equivocada.
 http://abaiaesquecida.blogspot.com/
 Ilha do Bom Abrigo 
Enseada segura na Ilha do Bom Abrigo: O nome “Ilha do Bom Abrigo” surgiu devido a uma pequena enseada localizada em seu lado oeste, onde os pescadores encontraram um bom local para abrigar-se do mau tempo, e também por ser praticamente rodeada por costões rochosos, assim naturalmente protegida pelas fortes tempestades que ocorrem em certa época do ano. Ali encontram-se muitos barcos de pesca da região, principalmente de Cananéia, que acabam pernoitando.

Ao lado farol: Chamado pelos barqueiros de “Farol do Bom Abrigo”, a visita ao farol é o passeio mais esperado pelos visitantes. Foi construído em 1886 e localiza-se no cume da ilha, à 142 metros de altura. A vista é maravilhosa, onde é possível escutar a arrebentação do mar no costão rochoso e ver quase toda a parte nordeste da Ilha do Cardoso.

E O MARCO PORTUGUES DE ICAPARA?


Esse marco foi colocado em comemoração à fundação de Iguape, no bairro de Icapara. Isso se deu em 1994. Embora seja recente, é interessante de se ver! E dá uma idéia da importância de Icapara, que afinal foi fundada pelo Bacharel de Cananéia, na barra do rio Icapara.
http://my.opera.com/perfeito/albums/

ONDE PASSAVA O MERIDIANO DE TORDESILHAS?

.                                                               Cananéia, localizada a 25° 00’  Sul de “ladeza”, isto é, latitude do Grande Mar Oceano (oceano Atlântico) e demarcada segundo os cálculos competentes de Dom Duarte Pacheco Pereira e do próprio Bartolomeu Dias, Cananeia foi estabelecida como limite sul das terras portuguesas no Brasil, antes mesmo do seu achamento, nos termos do Tratado de Tordesilhas, de 1494. 

Como descobriram isso é uma pergunta dificil de responder, com tantos meridianos passando por todo lado. 

TRATADO DE TORDESILHAS

Eu não sabia que o tratado de Tordesilhas também tinha sido estipulado para o lado oriental, ou seja, englobando as possessões portuguesas da India, Africa e Oriente. O formato dele no globo era assim:
Agora onde ele passava exatamente no Brasil já é outra história e Cananéia está no centro da controvérsia. Hoje se sabe que Cananeía estava dentro da área pertencente a Portugal.

OLHA O MAPA MINHA GENTE!!!

ILHA DE CANANÉIA OU ILHA DO BOM ABRIGO?

Nos dois mapas abaixo se vê a localização de CANANÈIA de hoje dentro da barra e dentro da baia do Trapande. Na época do descobrimento seria mais provável que os navios ancorassem na Ilha do Bom Abrigo, até o nome já indica que seria um local bom, com montanha e por isso com agua limpa de cachoeira para a reposição da agua para os barcos que iriam descer para a bacia do Prata. A Ilha de Cananéia é plana e a agua lá é salobra. E por que navios grandes iriam se arriscar a entrar pela barra se provavelmente não poderiam navegar ali devido ao baixo calado do canal? Então é mais provável que a primeira vila de Cananéia ficasse na Ilha do Bom Abrigo. Quem sabe não existam marcos e sinais disso por lá? Logo adiante da ilha do Bom Abrigo está a Ilha do Cardoso que também possui montanhas e cachoeiras, e lá foi encontrado um marco de mármore com as armas de Portugal, conforme foto abaixo:

FRASE DO DIA

"O pessimista vê a dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê a oportunidade em cada dificuldade"

LIVRO CAPITÃES DO BRASIL Eduardo Bueno

Estou lendo o livro do Eduardo Bueno, o de número 3. Muitos fatos, muitas informações. Agora encafifei com o Bacharel de Cananéia! Poucas informações, parece que era português, mas ninguém sabe ao certo. Amigo dos indigenas da região de Cananéia/Iguape, amigo dos portuguêses mas também dos espanhóis... É, agora começam os desencontros.
Quando fazem pesquisas para escrever, muitos vão ao local, verificam os marcos, os documentos locais, procuram saber mais à partir da história do lugar. Outros se baseiam em documentos guardados em Portugal, diários de bordo, e sabe lá que mais.


Toda vez que leio coisas sobre Ibiuna, ou Piedade ou mesmo Iguape e Cananéia, há informações desencontradas. Eu penso: como pode ser que nas história de Ibiúna tenham usado informações contidas num livro, editado há muito tempo, quando não havia computador e tudo era primeiro à caneta e depois digitado em maquina de datilografia. Gente, quantos erros de digitação! Assim, para todo o sempre em Ibiuna passa um PEABIM! Pois é, PEABIRU virou Peabim. Quem escreveu à mão grafou p e a b i r u, mas o r e o u viraram M. Não é difícil. Mas vai agora notificar alguém de que está grafado errado!!! pois eu digo que está errado e assim ninguém reconhece que se trata do famoso Peabiru!
Então, o que acontece, é que quando lemos todos esses relatos ainda temos que ter cuidado. No livro do Bueno mesmo falam sobre a Barra do Icapaça! E o nome do lugar é Icapara! Não tem Icapaça por lá. Mas aquele que for se basear no Bueno vai perpetuar o Icapaça. Aliás, quando leio, fico com o lápis do lado corrigindo dados que conheço bem e sei que estão errados. A professora que jaz em mim nunca dorme!

AS FOTOS DA REUNIÃO DA ECA-USP NÃO FICARAM BOAS.

Por alguma razão misteriosa, o flash se recusava a funcionar. Achei que talvez fosse devido à queda que o telefone levou. Enfim, devia ter levado a maquina fotográfica. Mais garantido. Mas talvez as fotos da Nilza fiquem boas. Foi divertido, nem parece que tanto tempo já se passou desde que nos vimos da última vez. Acho que somos os mesmos, embora nossas aparências não o confirmem.

CONSELHOS DA OPRAH

OS PRINCÍPIOS DO PRAZER: COMO MAXIMIZAR O APROVEITAMENTO DOS PRAZERES DIÁRIOS
1 - Flores - compre rosas se for no supermercado, pois são as que mais saem, então devem durar mais por estarem mais frescas. Invente vasos: uma terrina, um copo de martini, dê uma olhada na sua cristaleira
2 - Chocolate - seja indulgente e coma o que voce realmente gosta, em pequenas quantidades, curtindo.
3 - Sapatos novos. Os sapatos bonitos podem melhorar seu dia, mas podem ficar eternamente dentro do armário. Preste atenção no tamanho, vá sozinha para que suas amigas não a convençam a comprar sapatos que voce nunca vai usar. As novas cores são cinza, azul marinho e marrom chocolate. Se tiver áreas problematicas nos pés, compre protetores para que fiquem bem confortáveis.
4 - Tome uma banho de banheira. Cheque bem a temperatura. Lavanda ajuda a relaxar. Deixe luz bem fraca e aproveite aquela toalha nova boa e felpuda que voce está guardando.
5 - Livros. Compre generos variados e não fique só no mesmo autor. Cuide para que a luz no local de leitura seja adequada. Tire um tempo estipulado todos os dias para ler.
6 - Viaje. Se houver muita gente esperando por um taxe, contrate o carregador, ele o levará para a frente da fila. Tenha certeza de checar seus assentos no voo contratado. Se estiver na classe economica, procure um assento perto de uma saida, há mais espaço para as pernas. Se for usar sua milhagem, comece o processo de reserva 11 meses antes da viagem programada.
7 - Massagem. Ofereça uma e receba uma.
8 - Convide alguem para ficar em sua casa. Deixe um sache de lavanda entre as toalhas. 4 travesseiros são suficientes. Deixe frutas, algo para beliscar, flores e uma garrafa de água na cabeceira da cama.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

QUEIJO CANASTRA

Chegou meu queijo Canastra! Que delícia. O produtor apareceu no Globo Rural deste domingo passado. O link é:



 
http://www.queijoartesanal.com/
Olha, vale a pena o queijo deles.

CANANÉIA

Não vá pensar que eu não gosto de Iguape! Gosto muito de lá. Meu programa normalmente é assim: saio de Piedade depois da hora do almoço, desço para Cananeia. Adoro Cananéia. Dormimos lá em Cananéia no Hotel Golfinho, é muito gostoso e sossegado. À noite vamos a um barzinho na beira do caís, tomamos umas e outras, nos deliciamos com ostras frescas de Cananeia, já famosas, camarão,  iscas de peixe, e outras cositas! Caipinha também, né, que ninguem é de ferro! Depois de dormir bem no hotel, café da manhã bem gostoso, atravessamos da Ilha de Cananéia para a Ilha Comprida, ai na foto se vê o cais de onde sai a balsa, do lado esquerdo um toldo verde que pertence ao barzinho Gaivota. Daí rumamos para a esquerda, pela praia, andamos aproximadamente 75 km e chegamos à vilinha de Ilha Comprida, atravessamos a ponte (?) e almoçamos em Iguape. Embora já tenha dirigido pela praia, invariavelmente voltamos para casa e é um tanto quanto cansativo pra falar a verdade, mas nunca dormimos ainda em Iguape. Temos que encontrar um hotel legal lá. 
Hotel de Cananéia: 
Praia pela qual viajamos pela manhã, antes da maré subir!

IGUAPE

(Mapa-1930-Iguape-Canal-do-Valo-Grande-artigo-Sud-Mennucci)
Até meados do século XIX, Iguape sempre havia sido uma espécie de península, com o rio Ribeira de Iguape serpenteando até quase três quilômetros do mar e depois retornando para o interior, só encontrando sua foz muitos quilômetros adiante. O município situava-se entre esse ponto mais próximo do rio Ribeira de Iguape e o Mar Pequeno, tendo assim, dois portos: o Porto do Ribeira, fluvial, e o Porto de Iguape (conhecido por Porto Grande), no Mar Pequeno, grande braço de mar entre o continente e Ilha Comprida que liga Iguape ao Oceano Atlântico. Em 1852 a Câmara de Iguape informou ao Governo provincial a presença de 39 engenhos de arroz espalhados pelos rios da região, cuja capacidade de produção oscilava de 100 a 2.500 sacas de arroz por ano (média de 1.000 sacas).[18] Já em 1861, esse número subiu para 120 de pilar arroz, 22 de moagem e destilação de aguardente e 4 de fabricar café, além de várias olarias. O Porto do Ribeira era utilizado para descarregar as sacas de arroz que vinham da zona rural. No local existia o maior engenho da região, o Engenho Central Casavecchia, inaugurado em 5 de dezembro de 1882, de propriedade do oficial da marinha mercante, Francisco Casavecchia e seu sócio, Carlos Tolomei. Dali eram transportadas as sacas de arroz em lombo de burro ou carroças por aproximadamente três quilômetros até o Porto Grande, onde eram embarcadas para exportação. O inconveniente de se ter de transportar o arroz por terra em um trecho tão curto, aliado à riqueza do município, levou à ideia e se construir um canal que ligasse o rio ao mar, permitindo assim o transporte direto do arroz até as embarcações de grande porte. Após décadas de debates sobre o melhor local para a construção do canal, decidiu-se pelo trecho mais curto, que era também o mais arenoso e, portanto, mais fácil de ser construído. Iguape se tornaria assim uma ilha, envolta pelo rio Ribeira e pelo Mar Pequeno. Essa decisão mais tarde se provaria errada.
O canal foi construído por escravos por mais de duas décadas e começou a ser utilizado em 1852. Inicialmente um canal estreito, com cerca de 4 metros de largura, onde em alguns trechos era possível saltar, o canal rapidamente começou a alargar, não resistindo à imensa corrente de água do rio Ribeira. O que era uma vala logo se transformou em um largo canal, engolindo tudo às suas margens. A certa altura se acreditou que a cidade inteira seria destruída por o que passou a se chamar Valo Grande. Felizmente, por volta de 1900, com a contenção das margens com pedras e a posterior construção de uma barragem onde antes era o Porto do Ribeira, permitiram o controle do fluxo de água no canal, de acordo com os estudos feitos pelos engenheiros, Sergio Sabóia, Martinho de Moraes e João Carlos Greenhalgh, salvando assim a cidade da destruição. O estrago, porém, estava feito. O Mar Pequeno ficou assoreado com a fluxo de água e lama trazido pelo rio, o que acabaria impedindo a entrada de navios grandes no porto. A vida marinha também sofreu muito devido à grande quantidade de água doce despejada pelo rio no Mar Pequeno, no que pode ser considerado um dos maiores desastres ecológicos do século XIX.

IDOLO DE IGUAPE

Aqui está a foto do idolo de Iguape, embora seja quase preto na realidade.

Idolo de Iguape

Estatueta original do Idolo de Iguape.
Em 1906, o pesquisador alemão Ricardo Krone (1862-1917)[13], que morou em Iguape durante 30 anos, e era proprietário da "Pharmacia Popular", encontrou uma estatueta antropomorfa (representação estilizada da figura humana), esculpida em pedra gnaisse, medindo 9 cm de altura, 8 cm de comprimento por 3,2 cm de largura. A descoberta ocorreu durante uma de suas pesquisas há um quilômetro do sambaqui do Morro Grande, localizado entre as várzeas do rio das Pedras e o rio Comprido[14], na Estação Ecológica da Juréia-Itatins. Esta, ficou conhecida nos meios científicos como "Idolo de Iguape" e tem grande importância para a arqueologia brasileira. Segundo Krone, existe relações entre o Homem do Sambaqui e povos andinos[15] evidenciada nos sambaquis da região, alguns mais modernos, outros porém, da época pleistocênica. Sua idade, calculada pelo Carbono 14, revelou que possui mais de 2500 anos. A estatueta original encontra-se no acervo do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, em São Paulo. No Museu Municipal de Iguape encontra-se uma cópia da peça.

OS INCAS NO BRASIL

De Luis Galdino, acabei de reler! Muito boa leitura, gostosa, fluente, crível, dá vontade de sair imediatamente ver todos os caminhos do Peabiru que ainda existem. E Piedade e Ibiúna estão bem no meio de tudo. Que interessante. 
O Galdino fala sobre o idolo antropomórfico de Iguape, que já mencionei antes. No livro tem fotos de três angulos diferentes. Para quem gosta desses assuntos, o livro é um must! 
O bom de ler é que sempre há menção de novos livros e subsídios para se descobrir mais. Até a marca do pé de Ibiúna o Galdino colocou no livro. Acho que preciso voltar lá para fotografar com câmara digital agora, pois daí já se vê na hora se a foto ficou boa ou não. 
Achei o livro do Linense, Y Una, Noiva Azul e estou esperando chegar. 

HOJE VAMOS NOS REUNIR NO RESTAURANTE NOU

O pessoal da ECA-USP vai se reunir hoje, às 20.30. Vim especialmente para a ocasião. Acho que vai ser bacana! To curiosa para ver a turma...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

TCC DO MEU FILHO SOBRE A REPRESA DE IBIÚNA

O trabalho de conclusão do curso de Geografia, na PUC, do meu filho foi:
Estudo de praia pública na Represa de Itupararanga:
uso e gestão da Prainha no loteamento Antilhas I, no  Município de Ibiúna, SP
O trabalho tem questionários aplicados aos frequentadores da prainha e as conclusões foram interessantes:
O descaso da prefeitura em relação ao loteamento foi responsável pela recuperação da mata ciliar que fora destruída pelos tratores da companhia que instalou o loteamento. Eu diria: É uma das poucas vezes em que a omissão deu certo, pois se tivessem feito tudo o que deveriam ter feito, estariamos num favelão com toda a borda da represa careca e destroçada.
Não quero dizer que hoje é uma maravilha, mas por meio de fotos aéreas podemos ver que antes da instalação do loteamento havia um tipo de mata e 10 anos depois estava tudo no chão, terra vermelha como feridas na topografia do local. E hoje 30 anos depois, a mata recuperada, mais ou menos né?



ARREPIO DE RECONHECIMENTO

O jornalista ibiunense, que me deixou um comentário delicioso, menciona que muitas vezes sonha com locais e épocas que não viveu. Pois veja só: numa determinada altura da minha vida, numa terapia muito interessante, acabei por ir para a Holanda para encontrar minhas raízes. Tinha sonhado com um caminhão inteiro de mandiocas que tinha caído numa ribanceira e que ficara preso tipo cai, não cai! A interpretação foi que eu estava sem raízes, ou que não reconhecia onde minhas raízes estavam. Fiz uma viagem de reconhecimento das minhas raízes, na Holanda, viajando para todos os lados dentro do país! Nada! Nenhum reconhecimento.

Pariquera-Açu
E eis que viajando de Piedade, descendo a serra de Juquiá, passando por Pariqueraçu eu começo a sentir arrepios, sem parar! Depois cruzei a ponte e cheguei a Cananéia! Lá nada. Na outra vez que fui pra lá, de novo senti os arrepios, de reconhecimento, sei lá de que! Peguei o ramal que sai para Iguape e durante o trajeto, beirando o canal do mar pequeno que separa a Ilha Comprida do continente, mais arrepios. Então tive o pressentimento de que tinha sido um índio e que vivera naquelas paragens. E acredito nisso mesmo. Não é à toa que sempre vou pra lá e me interesso por tudo que tem a ver com Cananéia e Iguape. Muitas pessoas não ligam para esses arrepios, mas eu presto atenção. Só nasci na Holanda por acidente, minhas raízes estão bem aqui, bem alí perto de Pariqueraçu!
Pronto! Contei algo sobre arrepios de reconhecimento! E, Fernando, acredito nos seus sonhos e sua sensação de épocas que voce não vivenciou neste presente!

FINAL DO ANO É TEMPO DE REFLEXÃO

Encontrei isso junto da fatura do cartão de crédito: 

"Da mesma forma que a Terra desenha um curso em volta do Sol, recebendo suas influencias climáticas, nós também nos movimentamos em prol dos nossos objetivos que, em conjunto com os acontecimentos, influenciam a nossa vida diariamente. São ciclos de aprendizado em todas as áreas e precisamos estar atentos ao significado de cada mudança.O final do ano traz consigo o ciclo da renovação.Com o clima do verão, os dias mais longos convidam à reflexão; as árvores carregas de frutas são nossa colheita pessoal e as águas recorrentes são o alívio necessário para recomeçar. É o momento de descartar aquilo que não usamos mais, reviver os momentos importantes e reciclar o que é útil para uma nova jornada. E em meio a isso tudo, revisitar os sonhos e as pessoas amadas." 
Tem mais, avisando que também devemos comprar e usar o cartão etc. Mas para mim está bom esse pedaço. Concordo e é por isso que vou à reunião das pessoas que me convidaram. E tenho dito! Vou fazer dessas palavras meu conselho de final de ano...

DO LIVRO SOBRE A NOITE

"É necessario encontrar formas de criação humana que satisfazem a cultura sem ofender a natureza."

ROUPA PRA PASSAR, UM MONTE SEM FIM!

Quarta feira, dia de passar roupas! Um monte enorme, consegui passar quase tudo, mas já tem dois varais cheios para continuar passando, mas não hoje, tá tudo um pouco umido ainda.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

VONTADE DE VOLTAR À ILHA DE MARAJÓ

De tanto ler sobre cerâmica marajoara e de tanto arranjar e rearranjar meus exemplares dessa cerâmica lá no sitio, no novo armário que montei lá, fiquei com vontade de voltar para lá. E visitar os locais a que não fui, nas ocasiões em que lá estive. Aliás, uma vez quase comprei uma casa antiga, na frente da praia. Fiquei bem tentada, mas que casa de praia mais longínqua, né? Ainda bem que não comprei. Nas vezes em que lá estive, foi apenas para relaxar, ver búfalos, comer carne de búfalo, ver apresentações de Carimbó, tomar sorvete de cupuaçu, e andar à toa, deitar na rede e dormir! Gostoso demais. Tão simples, tão sem requinte algum. Bem do meu jeitão.

 Mas se for agora vou ao lago Arari, ao Pacoval, ao bairro dos Joanes (Johannes pelo jeito holandeses), enfim todos os lugares em que houve escavações. E o Museu Marajoara do Padre Giovanni Gallo, homem duro que defendeu o Marajó com unhas e dentes embora fosse italiano. Tenho um de seus livros:   "MARAJÓ A DITADURADA ÁGUA é o retrato falado de quase dez anos de vida participada em todos os níveis, acompanhando os pescadores na pesca do mato, vivendo com eles no galho do pau ou numa pequena embarcação ba imensidade do mondongo. Bichos, visagens, pajelança, medicina da terra, experiência pastoral são os ingredientes da vida deste padre no Marajó que os brasileiros não conhecem. É a coleção e a seleção dos artigos publicados em “O Liberal” e “O estado do Pará”. Comenta Dalcídio Jurandir:“O que me chama a atenção: o Padre Giovanni meteu os pés, fundo, na lama do Marajó e puxa daí as suas reportagens, como tambaquis, trazendo a tona os mil problemas da ilha”. “O padre sente de perto as aflições daquele povo que vive em metade d’água e em metade lama, seguro da pescaria, na vaqueiragem e na caça. Padre Giovanni tem em grande conta o cidadão do mundo, solitário, desamparado,que é o habitante de Jenipapo”. “O nosso padre italiano é admirável... que qualidade de sábio repórter! O povo, os bichos, as águas sabem conviver com ele. O padre enfrenta a realidade, não simplifica. Tem uma dose de compreensão da mais alta. Lendo-o fico com minhas raízes marajoaras estremecendo”. “Italiano danado, padre de fibra e corda fina”.

OS FENÍCIOS E O LIVRO INFANTIL

O casal Yuri e Vera Sanada, do livro "Como Viver à Bordo", que viajaram muito tempo de veleiro, escreveram um livro interessante. Uma ficção sobre a possível viagem dos fenícios ao Brasil. "Braazi a Odisseia da Frota Fenicia do Rei Salomao a Lendaria Terra de Braazi 3000 Anos Atras" vem calcada nas teorias de que, ao ter que buscar mais salitre para negociar com os embalsamadores egípcios, os fenícios resolveram expliorar o lado de cá do Atlantico, já que as costas da Africa já tinham dono: os cartagineses. Se deram bem, acharam muito salitre, além de outras coisas, ouro, prata, outros minerais importantes. Dizem até que o Rei Salomão se juntou a essa idéia e que em homenagem a ele uma parte do Rio Amazonas, antes de Manaus, veio a se chamar Solimões!!! UAU. Muito bom de ler e muito bom de nos fazer refletir sobre nossa idéia preconcebida da história. E se nao foi como nos ensinaram??? E se os potes marajoaras foram feitos por povos mais avançados que aqui estiveram há muito tempo??

MUNICIPIO DE IBIÚNA E SUAS ATRAÇÕES



1 Furnas - Centrais Elétricas
2 Nissin Ajinomoto
3 Centro de Treinamento Yakult
4 Pesqueiro Osato
5 Centro Estudos Confucionista
6 Pousada Paraiso
7 Pesqueiro Cuca Fresca
8 Seicho-no-ie do Brasil
9 Capela do Bom Jesus da Prisão
10 Centro de Lazer Xico Carpa
11 Pousada Paraty
12 Restaurante Toka da Baroka
13 Estalagem das Rosas
14 Pousada Bandeirantes
15 Recanto das Gaivotas
16 SINPEM Park Hotel 
17 Clube dos Securitários
18 Estância Branca de Neve
19 Toca da Raposa
20 Sol Maior
21 Ibiúna Golf Clube
22 Estância Triângulo
23 Templo Budista Nipakuji
24 Capela de São Sebastião
25 Capela de Santa Catarina
26 Pesqueiro J M
27 Furuya Park
28 Pesqueiro Maeda
29 Parque Estadual Jurupará
30 Barragem da França
31 Represa Itupararanga
32 Restaurante Vale do Vinho
33 Clínica Adventista São Roque
34 Rancho GG
35 Barragem de Itupararanga
36 Recanto do Bosque
37 Pousada Campo Verde
38 Recanto das Acácias
39 Pesqueiro L G
40 Centro Eqüestre Bom Caminho
41 Condomínio Veleiros
42 Condomínio Porto
43 Chalés Parque e Lazer Ibiúna
44 Prainha do Piratuba
45 Mirante da Figueira
46 Cachoeira da Vargem do Salto
47 Gruta São Sebastião
48 Flora Saito
49 Represa Cachoeira do França
50 Represa Cachoeira da Fumaça 
51 Prefeitura de Ibiúna
52 Cemitério Municipal da Paz

IBIÚNA EM NÚMEROS E GEOGRAFIA

Município - Ibiúna       Sede da Comarca – Ibiúna     Distrito existente – Paruru
 Região Administrativa - Sorocaba - Sede da IV região administrativa do Estado.
 
População: População total – 64.832
População zona urbana – 23.823 habitantes
População zona rural – 41.009 habitantes
Dados fornecidos pelo IBGE – senso 2007
 
Qualificação: Estância Turística, Município Agrícola
 
Coordenadas geográficas: Latitude S.23’ 39’ 20’ - Longitude W.Gr. 47’ 13’ 31’ e distante em linha reta da capital do Estado em 63 km. Rumo em relação da capital do Estado: O S O. Portanto a localização geográfica do município de Ibiúna é na região sudeste do Estado de São Paulo, nas encostas da Serra do Paranapiacaba.
 
Limites do Município:
ao Norte - limita-se com São Roque, Mairinque e Alumínio
ao Sul - limita-se com Juquitiba, Miracatu e Tapiraí
a leste - limita-se com Cotia e São Lourenço da Serra
a oeste - limita-se com Piedade e Votorantim
 
Área do Município: A área do município de Ibiúna é de 1.093 km2, ou seja, 109.300 hectares, sendo 34° município de maior extensão territorial do Estado de São Paulo.
A altitude média é de 996 metros acima do nível do mar, sendo considerada a terceira cidade mais alta do Estado.
Seus pontos mais altos - Morro da Praça da Figueira - 1000 metros e Pico da Serra do Verava - 1200 metros.
 
Temperatura: A temperatura sofre as seguintes médias de variações:
Máximas 27°C e mínimas 0,6°C, Compensada 19°C.
O seu clima é de montanha, salubérrimo, análogo ao de Campos do Jordão.
Clima temperado com inverno úmido.
 
 Umidade relativa do ar: de um modo geral é alta, oscilando entre 60% e 90%, sendo que a área serrana é mais úmida, podendo chegar aos 120%. As mínimas costumam ocorrer no outono e início do inverno.
Topografia
A topografia do município é bastante variável, uma vez que esta se localiza nas encostas da serra do Paranapiacaba, normalmente ondulada, acidentada e montanhosa. As maiorias das terras possuem declividade superior a 12%, podendo atingir 100% nas regiões mais altas. Por esta razão a maior parte da agricultura local é desenvolvida nas terras de encostas e meia encosta, devido a ausência generalizada de planícies.
 
Relevo
Ibiúna, por estar localizada na bacia fisiográfica do Paranapiacaba, tem exatamente por isto uma topografia muito irregular, apresentando várias serras, montanhas e encostas. Dentre as inúmeras serras, destacam-se as de São Sebastião, Queimada, Focinho, Abreu e Caucaia do Alto. Na parte que serve de limite com Votorantim está situada a serra de São Francisco, rumo a Piedade e há um contraforte denominado Serra de Pirapora que se desdobra em várias montanhas, que passando pelo antigo bairro das Furnas, vai se juntar à Serra Grande de Una. Entre o município de Ibiúna e Cotia está a Serra do Verava que é o ponto mais alto de Ibiúna, com 1200 metros de altura. O segundo ponto mais alto é o da Praça da Figueira no cume da serra ou montanha do bairro do Campo Verde e Cachoeira. Notam-se ainda as serras do Coiote e do Salto, em cujas bordas no bairro do Cupim nasce o rio de Una, que deu origem ao nome do município.
 
Meio ambiente
O município, por localizar-se em região serrana, conserva ainda grandes áreas verdes, principalmente na serra de Paranapiacaba e desmembramentos como a serra da Queimada e serra de São Sebastião, entre outras. Estima-se na ordem de 45% do total do município a área ocupada com florestas nativas, capoeiras, capoeirinhas, cerrados, reflorestamentos (eucaliptus, pinus eiliotti e kiri). Existe um grande manancial composto de rios, ribeirões, açudes, represas e quedas d’água, destacando-se a represa de Itupararanga que serve de divisa entre os municípios de São Roque, Mairinque, Piedade e Votorantim. Na parte sudeste limitando-se com os municípios de Piedade, Tapiraí, Miracatu e Juquitiba e localizada nas encostas da serra de Paranapiacaba fica a área de reserva florestal com 26.000 hectares, denominada “Parque Estadual de Jurupará”.
 
Hidrografia: os rios, ribeirões, represas e quedas d’água formam o extenso manancial de Ibiúna.

- O Rio de Una
Que deu origem ao nome do município, nasce nas bordas do salto, no bairro do Cupim, passa pela sede municipal vai desaguar no rio Sorocabuçu nas proximidades da represa Itupararanga. Para sua formação recebe as águas do córrego do Cupim, ribeirão do Leopoldo e ribeirão do Salto e pequenos afluentes provenientes de nascentes.

- O Rio Sorocamirím
Nasce no município de Cotia, passa pelo município de Vargem Grande Paulista e terras de São Roque, chegando ao varjão de Ibiúna, despejando suas águas no rio Sorocabuçu a exemplo do rio de Una. Este rio ao longo de seu curso em seu leito recebe as águas do ribeirão dos grilos, ribeirão Sara, ribeirão Votorantim, ribeirão dos Pintos, rio Morro Grande e córrego do Curral. O rio Dois Córregos também se junta ao rio Sorocamirim.

- O Rio Sorocabuçu
Nasce no bairro dos Paulos e inicialmente recebe as águas do ribeirão Rafael Grande. Depois passa a receber as águas do rio Murundu, que nasce no município de Piedade e é reforçado pelo ribeirão dos Alves e ribeirão Paiol Grande. O rio Sorocabuçu que se inicia no bairro dos Paulos corta quase todo o município até desembocar na represa de Itupararanga.

- O Córrego do Campo Verde
Que nasce no bairro do mesmo nome deságua na represa de Ituparanga.

- O Ribeirão do Colégio
Que nasce no bairro do Colégio de Pirapora é reforçado por dois afluentes que nascem no município de Piedade e também desemboca na represa de Itupararanga.
Portanto a represa de Itupararanga é formada na sua essência pela junção dos rios de Una, Sorocamirim e Sorocabuçu, e mais os rios, ribeirões, córregos e afluentes e que outrora originavam o antigo vale escuro de Una e o salto barulhento como denominavam os indígenas. O salto barulhento propriamente dito está localizado na divisa de Ibiúna com Votorantim, onde em 1913 foi feita a construção de uma barragem conhecida em Ibiúna como paredão da Light ou Escritório. A represa de Itupararanga se situa em Ibiúna divisando com São Roque, Mairinque, Votorantim e Piedade.

- O Rio São Lourenço
Que nasce no município do mesmo nome, passa pelo município de Juquitiba cujas águas ficam represadas na cachoeira do França já no município de Ibiúna.

- O Rio Laranjeiras
Nasce na divisa de Ibiúna com Itapecerica da Serra, no bairro do Verava, entra nas terras do município de Juquitiba, entra novamente no município de Ibiúna, cujas águas também ficam represadas na cachoeira do França.

- O Rio do Pocinho
Que nasce nas grutas ou itaocas de São Sebastião e suas águas vão direto para a cachoeira do França, sendo que antes um de seus braços deságua no rio Juquia-guaçu.

- O Rio dos Bagres
Nasce na lage do Descalvado (uma lage de pedra de formato quadrangular de cerca de 2 km2) e desemboca com suas águas na cachoeira do França.

- O Rio Vargedo
Que nasce na serra do Vargedo vai desaguar no rio dos Bagres.

- O Rio Graminha
Nasce no bairro da Colina e a exemplo do rio Vargeado despeja suas águas no rio dos Bagres.

- O Rio do Peixe
Nasce no bairro Murundu, região do caulim e suas águas abastecem a barragem do Jurupará e seguem até encontrar o rio Juquia-guaçu.

- O Rio Juquia-guaçu
Uma espécie de rio mestre, tem sua origem no município de Embu-guaçu nas divisas de Santo Amaro, passa pelos municípios de Itapecerica da Serra, São Lourenço e Juquitiba, entrando nas terras de Ibiúna onde abastece a Cachoeira da Fumaça, recebe reforço de vários rios ibiunenses e desce em direção ao litoral com suas águas entrando no rio Ribeira, no município de Registro.

- O Rio Bonito
Nasce no km 11,5, passa pelo bairro Rio Bonito que lhe empresta o nome e vai desaguar no rio Juquiá, abaixo da Cachoeira da Fumaça.

- O Rio Tamanduá
Nasce no bairro Carmiranga e despeja suas águas no rio Juquia-guaçu, adiante da Cachoeira da Fumaça.

- O Rio Juquiazinho
Nasce no município de Tapiraí e entra no município de Ibiúna com suas águas se misturando com o rio Juquia-guaçu. A cachoeira do Infernão é represada na divisa de Ibiúna com o município de Piedade, pelas águas do rio Juqúiá-guaçu. Existem ainda muitos afluentes e cursos d’água, provenientes de um grande número de nascentes que formam o córrego da Onça, o rio do Veado, ribeirão da Coruja, ribeirão das Garças, ribeirão da Figueira e o rio Barra Seca, cujas águas de tempos em tempos desaparecem voltando a cobrir seu leito nas épocas chuvosas.
 
Quedas D’Água
§ Cachoeira do Guaçu com 20 m de queda
§ Cachoeira do Salto com 20 m de queda
§ Cachoeira do França
§ Cachoeira da Fumaça
§ Cachoeira de Itupararanga - antigo Salto Barulhento
§ Cachoeira do Infernão (Jurupará)
§ Cachoeira da Gruta do Bispo São Sebastião
 
As Riquezas Naturais
Entre os vegetais explorados destacam-se peroba, canela, cedro, jacarandá, gumichaba, tapaçuaré, maçaranduba, quixada, cambará, guatambu, aroeira e pinho nativo.
A casca da aroeira produzida em Ibiúna é vendida em laboratório para ao fabrico do anapion - antiséptico bucal.
O palmito e a guaraná são encontrados em grande quantidade. O pacová e a carqueja medicinais são encontrados em grande quantidade nos campos e nas pastagens.
Os minerais não explorados existentes no município são os seguintes: manganês, ferro, malacacheta, bauxita, caulim, mica, oca, quartzo leitoso e o xisto betuminoso.
As matas ainda existentes e na área de reserva florestal do Parque Estadual do Jurupará (mata atlântica) abrigam diversos animais ameaçados de extinção; entre eles o micocarvoeiro, o bugio, a jaguatirica, a sussuarana, a preguiça, a paca, o castor, a capivara e o rato do banhado. Entre as aves estão a garça, o jacu, o canário, o macuco, o avinhado, o tucano e a araponga.
 

IBIÚNA

ASSIM COMEÇOU IBIÚNA
A história de Ibiúna esta intimamente ligada ao Bandeirantismo no Brasil. Estrategicamente colocada na rota dos desbravadores, sua trajetória histórica remota aos idos de 1618, quando partia de São Paulo a maior bandeira, vindo com 4.000 homens, além de religiosos, cuja a missão era a catequese e conquista de índios. Assim amestrados, tornavam-se braços aprisionados para o trabalho em novas conquistas e escavações minerais.

As Bandeiras tinham três marcos para pontos iniciais de suas penetrações: Parnaíba, Cotia e São Roque, pois esses lugares com serras já possuíam caminhos de penetração, ainda que rudimentares.

A explicação da escolha dessa rota é simples: os primitivos habitantes, nômades por excelência, usavam o dorso das serras para suas procuras de vendas litorâneas. Eram os "peabirus" (caminhos de índios ou incas). Nesse triângulo de sede de partidas de Bandeiras, havia as serras de São Francisco, contraforte de Paranapiacaba e pequenas serras de penetrações curtas. A Bandeira que partiu em 1618 encontrou em Cotia dois "peabirus", sendo o da direita (São Francisco) e mais para a esquerda a extensão de Paranapiacaba que alcançava Una e avançava rumo ao litoral atlântico. O caminho de São Francisco, mais extenso, tinha já em Itapeva (Pedra Chata) um preador de índios, Brás Esteve Leme, que se fixara na região, caçando índios, num ponto estratégico de passagem desses pelo "peabiru".

A curta extensão de peabirú que seguia até Una, por assim ser, não tinha continuidade ou ligações que levassem os nômades primitivos até o litoral do Paraná, Santa Catarina, etc. Em função disso, o "peabiru" rumo a Una servia como fuga e desvio temporário do implacável caçador Brás Esteve Leme.
Os Bandeirantes que partiam de Cotia para São Roque fundaram Sorocaba. Os que fizeram a rota de Cotia, serra de São Francisco alcançaram até Cuiabá, fundando esta cidade. Mas no caminho de partida de Cotia, as serras de São Francisco e o contraforte de Paranapiacaba formavam um gigantesco "v", cujo interior era um enorme lago.E esse enorme alagado formado pelos rios Soroca-Assu, Soroca-Mirim e Una, colocados em um enorme vale, provocava um fenômeno climático. É que as chuvas constantes, a influência litorânea e a própria conotação geográfica, mantinham o vale envolto num enorme lençol de neblina, ofuscando a presença do sol, outra razão para os índios não se fixarem no local, preferindo o "peabiru" da serra de São Francisco. Essa constante neblina daria a denominação indígena ao local: Una = escuro ou escura, mais tarde com o adendo de Ibi (terra) formaria a definição dos primitivos ocupantes: Terra escura.

Verdade que alguns historiadores definiam o termo significando a terra, propriamente dita, como sendo preta. Julgavam que os índios estavam qualificando a terra e não o lugar. Elimina-se a qualificação da terra, pois os indígenas não a usaram para suas paupérrimas lavouras e nem tampouco o lugar possui terras dessa coloração em quantidade extensa que pudesse chamar a atenção dos primitivos. Essa própria conotação climatérica talvez tenha impedido uma colonização a partir das primeiras bandeiras (1518 e 1618). No relato histórico, há apenas menção de fixação de colonizadores em Araçariguama, Itapeva (Serra de São Francisco), São Roque, Inhaíba, Parnaíba, etc. Note-se que a fixação foi sempre em redor da terra escura de Ibiúna. Mas no atual leito da barragem de Itupararanga, divisória com o Município de Votorantim, em 1640 esteve Pascoal Moreira Cabral, com homens e índios. Nesse enorme descampado consta haver uma tribo indígena. Esse é o único relato datado do século XVII, onde consta o primeiro contato com Una.
Ao pé da letra ou traduzindo as sábias definições indígenas, Ibiúna significa "lugar escuro". Reforça-se esse detalhe no fato de o índios acuados e caçados preferirem aquela pequena extensão do vale para ocultarem dos seus algozes. Retrocedemos no fato de haver há pouco mais de 20 km, na serra de São Francisco (Itapeva), um caçador de escravos indígenas. O vale de Una, ainda que por pouco tempo, era uma fuga para quem nasceu e queria permanecer em eterna liberdade. Um outro fator importante é que o Governo provincial doou sesmarias aos desbravadores pioneiros, caso de Pascoal Moreira Cabral, mas elas divisionavam com a Serra de São Francisco, deixando Una do outro lado. Do Sítio da Penha, onde os padres já haviam erigido a capela do mesmo nome, eles se embrenharam Una adentro, tentando catequizar e trazer índios para o reduto montado na serra de São Francisco. Essa capela esta até hoje na referida serra. Assim, quer por desbravadores, índios e religiosos, a situação de Una impedia uma fixação colonizadora

Igreja Nossa Senhora das Dores - Ibiúna
A FUNDAÇÃO
Conforme o livro do Tombo da Paróquia de Ibiúna de 1878 a 1884 às folhas 24 e seguintes, o Capitão Salvador Leonardo Rolim de Oliveira requereu o alvará da fundação da Freguesia de Una a partir de 29 de agosto de 1811.
"Esta povoação de Una era uma Fazenda pertencente ao abastado fazendeiro Manoel de Oliveira Carvalho, que fez construir uma capela em louvor a Nossa Senhora das Dores. Por sua morte pertenceu a seu filho Manoel de Oliveira Costa, este mandou erigir uma capela mais ampla para os usos religiosos de sua família, escravos e agregados que ali ouviam missa de quando em quando, desobrigavam-se e faziam outros atos de devoção, passou mais tarde esta fazenda e capela a ser propriedade e por compra que fez o Capitão Salvador Leonardo Rolim de Oliveira nestes tempos e animados pelo bom espírito religioso desses tempos que lá se foram, requererão o Exmo. Senhor Dom Matheus de Abreu Pereira, este solicitou do Príncipe regente o alvará de 29 de agosto de 1811 que elevou esta capela a categoria de freguesia. Foi canonicamente instituída mas não encontra nota alguma que explique a data destes acontecimentos que por certo a destruidora mão dos tempos e alguns pouco cuidado ou incúria, meus antecessores, como eu deixarão perder-se".

EMANCIPAÇÃO POLÍTICA

1857
- Pela lei providencial n.º 10 de 24 de março, a Freguesia de Una foi elevada à categoria de Município, alcançando sua Emancipação política e autonomia administrativa, passando a condição de Vila.

ORIGEM DO NOME IBIÚNA


A etimologia do nome Ibiúna é indígena. Una é um vocábulo tupi-guarani que significa "negro", "escuro", "preto" e ybi significa "terra". Assim sendo, Ibiúna na linguagem tupi-guarani significa "terra-preta". O rio que banha a Cidade o "rio Una" é que lhe deu o nome primitivo de Una. Trata-se de uma corruptela do "Y Una", que em tupi-guarani significa Y=água e Una=preta. Portanto, Y Una significa água preta. Os mais antigos, ao pronunciarem o nome anterior do Município, usam a expressão Yuna e apenas uma parte da população usava a pronúncia Una. Como existiam dois Municípios com a denominação Una, sendo um no Estado de São Paulo e o outro no Estado da Bahia, um teria que ter a sua denominação mudada ou alterada. Entretanto o Município Baiano por ser mais antigo e considerado, na época, de maior valor histórico, herdou em definitivo a denominação de Una. Mas pelo decreto-lei estadual nº 14334 de 30 de novembro de 1944, o Município Paulista de Una passou a denominar-se Ibiúna

CAPELA NOSSA SENHORA DA PENHA

       Situada num dos pontos mais altos da Serra de São Francisco, região de muito interesse dos ambientalistas, acredita-se que foi construida no século XVII, embora alguns estudos garantam que o morro onde está a capela teria recebido a visita do padre jesuita Antonio Manuel da Nóbrega, no século XVI.
       A “Capela da Penha”, como é mais conhecida, atrai muitos fiéis em romaria e em plena devoção, como na famosa “Caminhada da Penha”, que é feita durante a  madrugada, e que este ano, em sua 8ª edição, acontecerá no dia 1° de abril.
      A capela é cercada por um belissimo conjunto de coqueiros e um mirante com uma grande cruz – marca de sua antiguidade. De lá se tem uma maravilhosa vista de Sorocaba e Votorantim, com direito a muita paz e tranqüilidade; sem dúvida, um patrimônio histórico e religioso de grande expressividade para a cidade e para os moradores de Votorantim.

 Retirado do Livro: Y UNA NOIVA AZUL "HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE IBIÚNA". Autor: José Gomes (Linense)

LOCALIZAÇÃO DO PARQUE CARLOS BOTELHO

Aqui estão dois mapas que dão idéia da localização do parque. Deve-se Chegar a São Miguel Arcanjo e logo em seguida se chega ao Parque.
Como chegar: A sede está localizada a 25 km do centro de São Miguel Arcanjo, seguindo pela rodovia SP-139. Fique atento neste trecho, um conjunto de sete curvas, faz com que o motorista reduza a velocidade, a visão de carros na pista contrária fica comprometida, além do trecho estar propício a neblina, fique ligado. Quem vem da capital paulista pode seguir pela rodovia SP-270 Raposo Tavares, porém, vale ressaltar que apesar do bom estado de conservação da pista, ela é cheia de curvas, e em alguns locais há passagem para apenas um carro por vez, além do tráfego intenso de caminhões. Para um caminho mais expresso, a opção é a SP-280 rodovia Castelo Branco, em ambos os casos, o viajante deve seguir sentido Salto de Pirapora pela SP-264, até Pilar do Sul, entrando na rodovia SP-250 até São Miguel Arcanjo. Quem vier pela Raposo Tavares a entrada é a 102B, km 102,5 em Sorocaba. Para quem vem da região do Mato Grosso do Sul, pode utilizar a Raposo Tavares. Do sul do país, a rodovia Francisco Alves Negrão SP-258. Para outras regiões do país, os viajantes devem se guiar pela cidade de Sorocaba, a maior da região. 

MAIS PARQUE CARLOS BOTELHO

Esta é uma foto que tirei num dos passeios que fiz para o Parque Carlos Botelho. Começa pertinho da cidade de São Miguel Arcanjo e desce até 7  Barras, à beira do rio Ribeira, que depois vira Ribeira do Iguape.Lindo o lugar. Esta foto está no Panorâmio no seguinte link:
http://www.panoramio.com/photo/5046382
Ali também tem outras fotografias minhas de diversos lugares. Tem uma tirada em Iguape, na Ilha Comprida, de uma árvore chamada Casuarina que teve 5234 pessoas que a olharam! Por que será que tanta gente olha uma solitária árvore na praia!!http://www.panoramio.com/photo/4897328

Mas a mais interessante com certeza é a boca do vulcão Misti que tirei do avião, veja só:

FAZENDA IPANEMA E O MORRO DE IPANEMA

A linha vermelha mostra o possível traçado da "Peabiru"
O ponto azul é a sede da Fazenda Ipanema e o vermelho é o Morro Araçoiaba

FAZENDA IPANEMA EM ARAÇOIABA DA SERRA

Visitei essa fazenda que era uma antiga siderúrgica, a primeira da regiao. Hoje está sofrendo reforma e trata-se de um ponto turístico da região.
 

O Morro Araçoiaba
O Morro Araçoiaba (ou Biraçoiaba, na forma da escrita antiga) é comumente chamado "Morro de Ipanema", mesmo nome do rio cujas “águas ruins” eram utilizadas na indústria do ferro. Os indígenas e, posteriormente, os bandeirantes, notaram que o sol se punha atrás daquela montanha. Hoje é fácil de se perceber isso, quando passamos pela estrada Iperó-Sorocaba num fim de tarde, por exemplo. Foi assim que adotaram o nome Araçoiaba, significando “coberta do dia”, “esconderijo do sol”. Destacando-se no horizonte, na verdade aquela região é uma cadeia de montanhas formada pelo Morro Araçoiaba (Morro de Ipanema) à direita, a Chapadinha à esquerda e, entre os dois, o morro do Meio. Alguns escritores também se referem a esse conjunto de montanhas como sendo a "Serra de Araçoiaba". Vale lembrar que, oficialmente, Araçoiaba é o nome de um bairro próximo e também do município vizinho, Araçoiaba da Serra.

Peabiru
Existiu uma extensa rede trilhas, chamada “Peabiru”, que passava pela região do morro de Ipanema. Era uma ligação pré-colonial do Atlântico e do planalto com o Guairá, o Paraguai e os Andes (de Cuzco - no Peru - até São Vicente). Nos extremos e em vários trechos dessa estrada, moravam tribos guaranis. Descendo de São Paulo pelo vale do Tietê e os campos do sul, a “Peabiru” se dividia em dois ramos: um à direita, para o Paraguai (atravessando o rio Paranapanema), e outro à esquerda, para o Rio Grande do Sul. Os guaranis frequentaram esse caminho, utilizando as montanhas como pontos de referência. Descendo a serra de São Francisco, quase à beira do Tietê, avistavam o morro de Ipanema à direita. Adiante, avistavam a serra de Angatuba e os morros de Guareí e Bofete. Mais à frente, a serra de Botucatu. À esquerda, atravessando o Paranapanema, entravam nas florestas onde mais tarde os jesuítas fundaram as “reduções do Guairá”. Passando pelas Sete Quedas (hoje cobertas pelo lago da Usina de Itaipu), chegava-se ao Paraguai. Ainda no século 16, houve vários viajantes europeus através desses caminhos. É conhecida a história de Ulrico Schmidel, que veio do Paraguai a São Vicente, passando por Santo André (a vila de João Ramalho), em 1552. Também por esse caminho, é possível que o padre Manoel da Nóbrega tenha chegado à aldeia Maniçoba, na região onde hoje é a cidade de Itu.  http://www.cidadedeipero.com.br/ipanema.html

TRILHA DE SÃO TOMÉ OU PEABIRU?

Tem um pessoal se reunindo para iniciar o Caminho de São Tomé. Eis o projeto:

Aventura e Fé
Caminhos de São Tomé - Estrada turística
- Capão Bonito - São Miguel Arcanjo - Sete Barras - Registro - Pariquera-Açu - Iguape
Estrada Turística
São aproximadamente 200km atravessando regiões maravilhosas de nosso município, por estradas vicinais de asfalto, de terra, trilhas, pastagens, plantações e bosques. Aproveitando a estrada municipal que liga a sede do Município de Capão Bonito ao Bairro do Taquaral e ao bairro da Abaitinga no município de São Miguel Arcanjo, teremos acesso primeiramente ao Parque Estadual Carlos Botelho, cujas terras se encontram, em grande parte, no território de Capão Bonito. Após passar a sede do parque, os turistas poderão seguir pela Estrada SP-139, da Serra da Macaca, rumo ao litoral, passando por Sete Barras, Registro, Pariqueraçu, chegando a cidade histórica de Iguape e ao Santuário de Bom Jesus de Iguape.
Objetivo
Proporcionar às pessoas:
- momentos de reflexão e fé.  - saúde física e psicológica através do exercício da caminhada.
- integração do homem com a natureza.  - aventura
Proporcionar a região:
- desenvolvimento social e econômico - melhoria na qualidade de vida
- oportunidades de crescimento para população local
História
O Caminho de São Tomé, inspirado Caminho de Fé de Aparecida do Norte(Brasil) e no milenar Caminho de Santiago de Compostela (Espanha), foi criado para dar estrutura às pessoas que fazem a peregrinação a Bom Jesus de Iguape, oferecendo-lhes os necessários pontos de apoio.
Iguape
Em seu caminhar, seguindo sempre as placas de sinalização, o peregrino vai reforçando sua fé observando a natureza privilegiada, superando as dificuldades do Caminho que é a síntese da própria vida. Aprende que o pouco que necessita cabe na mochila e vai despojando-se do supérfluo.
Exercitando a capacidade de ser humilde, compreenderá a simplicidade das pousadas e das refeições. Em cada parada, estará contribuindo para o desenvolvimento econômico e social das pequenas cidades e propiciando a integração cultural de seus habitantes com a dos peregrinos de diferentes origens.
Peabiru, Sumé, São Tomé...
Grandes historiadores falam da existência de uma trilha indígena do período pré-descobrimento que ligava o Sul do Peru ao litoral paulista com o nome de Caminho do Peaberu.
Há fortes indícios de que o Paberu teve um se seus ramais passando por nossa região de Capão Bonito. Estudos revelam que índios não se fixavam por aqui, apenas passavam por aqui em determinadas épocas do ano, na sua andança. Já foram encontrados vários objetos indígenas, como pontas de flechas lapidadas em pedra, demonstrando que eles caçavam muito nas regiões onde hoje estão localizados os parques estaduais Carlos Botelho e Intervales, isto reforça a tese de que a Rota do Peabiru passou por aqui.
O Peabiru era usado pelos índios Guaranis para caçar, ligar as diversas aldeias e, de acordo com alguns estudos, para procurar o que chamavam de “Terra sem Males”, um lugar paradisíaco que imaginavam existir ao leste.
Carlos Botelho
Com a chegada dos europeus, o caminho foi utilizado para se penetrar no território sul-americano.
Muitos historiadores afirmam que o Peaberu (caminho da montanha do sol) passava pelas nascentes do rio Paranapanema e seguiam até o Peru.
Quando o Sudoeste Paulista ainda não havia sido palmilhado pelo homem branco, os naturais da terra já o atravessavam com muita freqüência, pois o território era cortado pelo famoso Peabiru, também conhecido como o Caminho de São Tomé. Peabiru, uma velha rota indígena, era uma via transcontinental que vinha ao litoral paulista - São Vicente. Uma vertente vinha ao Planalto Paulista; este caminho também levava para o Sul, atravessava o Sudoeste Paulista seguindo, mais ou menos, a rota depois seguida pela estrada de ferro Sorocabana. Havia outra, uma ramificação que demandava Cananéia, passava pelas nascentes do Rio Paranapanema em Capão Bonito e a seguir, atingia a região ocupada atualmente por Itapeva, de onde partia uma ramificação que alcançava "Santo Antônio das Minas do Apiaí" e seguia em direção ao Paraná, onde haviam várias ramificações, uma se dirigindo a Assunção, no Paraguai e outra se dirigindo às minas de prata em Potosi e Cuzco então já no território do Peru. Segundo o Dr. Washington Luiz, grande estudioso de nossa história, o Peabiru era a maior via de penetração do território Sul Americano. Foi em 1603 que começou a exploração portuguesa deste caminho entre Guairá e São Vicente. (Rev. de História da USP. vol 39, fls 71). O ilustre historiador paulista, Dr. Gentil de Moura, dá notícias em interessante trabalho sobre o misto de soldado e aventureiro, Ulrich Schmidt, que percorreu o Peabiru, de Assunção, no Paraguai, alcançando São Vicente em companhia de vinte índios Carijós, conhecedores do trajeto. Daí, retornou à Europa. O aventureiro partiu no dia 26 de dezembro de 1552 chegando a São Vicente a 13 de junho de 1553. Esta vereda foi usada por muitos bandeirantes nas suas andanças com destino ao Sul. Mas esta trilha indígena foi fechada por Tomé de Souza em 1653, pelo medo que os espanhóis causavam aos portugueses, temerosos de uma invasão, pois enquanto estes tinham a linha demarcatória do Tratado de Tordesilhas passando por Laguna, para os espanhóis este corte se dava em Iguape, no litoral paulista. Ainda que os índios não tivessem um traçado fixo para as suas trilhas, elas foram usadas, mais tarde, pelos Bandeirantes. Fechada a velha trilha indígena em 1653, começou ela a ser novamente explorada pela pressão do comércio, a partir de 1693, quando do início d comércio entre o Planalto Paulista e Curitiba, já no ciclo do ouro.
A lenda de São Tomé, o caminho do Peabiru
Para facilitar o entendimento dessa fantástica história recorreremos ao folclore popular de linguagem simples e de fácil assimilação como veremos a seguir:
“ Num dos dias mais frios do mês de junho, Nhô Juca, velho tropeiro, figura muito conhecida na região, por ser uma personagem enigmática e muito amável com todos que o conheciam, estava em seu rancho, às margens do rio Paranapanema, acendendo uma pequena fogueira para se aquecer. Ia assar pinhão, fruto da araucária e também saborear o chimarrão, erva nativa, costume adquirido durante as viagens ao sul.
Nhô Juca tinha muitos compadres, pois sendo uma pessoa muito antiga no lugar, ajudava todos que o procuravam, com seus remédios caseiros, seus conselhos de ancião e seus belos causos. No rústico rancho onde vivia, nos finais de tarde, recebia seus amigos. Sentados em banquinhos, ou pedaços de troncos, ouviam e contavam histórias, principalmente causos de assombração, boitatá, saci-pererê e muitas outras.
Mapa Caminho do Peabiru*
Além da iluminação da fogueira, no centro do rancho usava-se uma lamparina de querosene.
Então nesse final de tarde, como um ritual, seus companheiros, após um dia de lida na roça, vieram conversar com o compadre Juca e também ver se ele não estava precisando de nada, pois era sozinho na vida. Dele não se conhecia a existência nem de mulher, nem de filhos.
A conversa estava tão animada que nem perceberam a tempestade que se aproximava.
O vento era tão forte que atravessava de um lado para outro do rancho, ficando impossível manter a lamparina acesa. Os visitantes estavam assustados, porém Nhô Juca, em sua calma, começou a lhes contar uma nova história. Disse que aquela região já havia pertencido aos índios e que estes
haviam construído um caminho muito importante: o caminho do Peabiru. Era uma trilha muito antiga e comprida, começava no Oceano Atlântico e terminava no Oceano Pacífico, atravessando a América do Sul. Tinha mais ou menos 3 mil quilômetros de comprimento e cerca de 1,4 metro de largura, mais parecendo uma grande valeta no meio da floresta.
– E este caminho ainda existe? Perguntou Pedro, maravilhado.
– Pois bem, os índios, nossos antepassados, tinham a sua sabedoria, não eram bobos não. Eles plantavam nesse caminho uma grama miúda que evitava que a chuva lavasse a terra e, ao mesmo tempo, impedia que as ervas daninhas invadissem a valeta. Assim, o caminho ficaria sempre limpinho, mais parecendo um corredor acarpetado de verde, bem fofinho.
– Ah! Que espertos, hein, compadre? Disse Pedro, admirado.
– Pois bem, como eu lhes falei, os índios não eram burros não, essa grama era plantada em alguns trechos e ia se reproduzindo e avançando o caminho. E também soltava umas sementinhas gelatinosas que grudavam nos pés e pernas dos que por ali passavam e a levavam pelo caminho; dessa forma, as sementes iam caindo e novos trechos iam sendo formados.
E a conversa continuou, falaram dos índios, seus costumes e até da sua saída da região. Nhô Juca, então, resolveu contar-lhes sobre a lenda que envolve este caminho milenar.
– Sabem, compadres, dizem que por este caminho andava muita gente importante da nossa história. Ouvi, certa vez, um moço lá da capital, que tava cavoucando uns buracos na beira do rio, procurando sei lá o que, dizer que por aqui passou um homem branco, pois só existiam os índios e este homem fez muita coisa boa para eles. Dizem que ele veio das águas e que seu nome era Tomé ou Pai Zumé, como os índios o chamavam. Era um homem branco, alto, com longas barbas. Usava cabelos curtos com uma tonsura no alto da cabeça, igual às que os padres tinham. A roupa branca ia até os pés, amarrada por um fino cinturão de couro.
Nas mãos trazia um livro semelhante ao Breviário dos sacerdotes e também uma cruz.
– Por todos os lugares onde passava, deixava seus ensinamentos, condenando a poligamia e a antropofagia. Ele evangelizava os índios falando sobre o único Deus. Também ensinou aos índios o cultivo de outras culturas como a cana-de-açúcar e o milho. Por pregar a palavra do bem e censurar a imoralidade, causou grande revolta nos chefes e pajés que, furiosos, mandaram persegui-lo, incendiando as cabanas onde se abrigava para descansar, disparando flechas e pedras no profeta. Ileso dos atentados sofridos, sempre fugia pelas águas dos rios ou do mar.
– Muitos dos antigos dizem que o homem branco era Tomé, apóstolo de Jesus Cristo, o mesmo que duvidou da ressurreição, pois pediu para colocar seus dedos nas chagas de Cristo para ver o sinal dos cravos em suas mãos. Como foi descrente, Jesus lhe deu a missão de pregar o evangelho nas terras mais longínquas do mundo. Naquela época, o mundo era apenas o Oriente, a Europa, África e a Ásia. Dizem que Tomé foi primeiro para a Pérsia. Assim que concluiu suas pregações, entrou num barco de mercadores rumo às Índias. Alcançou a Índia chegando até a China. Depois avançou no mar, indo parar em ilhas não determinadas. Como chegou ao Brasil, não se sabe, apenas alguns padres jesuítas relatam sua passagem por estas terras. Seu percurso começava no oceano Atlântico e terminava no Pacífico.
– Nossa, compadre, esse caboclo viajou muito, hein! Exclamou Pedro.
– Pois é, era a sua missão e nada o impedia. Porém, certo dia os inimigos conseguiram pegá-lo e o amarraram numa grande pedra. Furiosos, surraram-no e o largaram desmaiado. Então, três grandes águias desceram do céu, cortaram as amarras e o libertaram. Ele fugiu pelas águas da mesma maneira que havia chegado e nunca mais ninguém soube do seu paradeiro.
– E esse caminho do Peabiru ainda existe, compadre? Pergunta Pedro.
– Olha, eu escutei uns moços, lá no boteco do seu João-Pé-Grande, falando desse caminho, dizem que ainda existem alguns lugares dele. Mas ainda tem mais. O Apóstolo Tomé ou Pai Zumé, dizia que era para preservarem o caminho do Peabiru, e se um dia ele fosse destruído pelos gigantes de ferro e aço, haveria muita seca, as aves e animais iriam acabar e as águas dos rios se tornariam escuras. Nhô Juca enche a cuia com a água fervente da chaleira preta de ferro e repassa para Pedro. Todos ficam em silêncio. Apenas a fumaça dos palheiros sobe no ar.
– É preciso ver para crer.”