Sempre me perguntei o que seria essa datação, principalmente quando, ao encontrar o muro do Kaimanawa Park, que mencionei antes, li que não se pode fazer a datação com Carbono 14 por não haver material entre os blocos de pedra. Então saí em busca do que na verdade é essa datação.
Bom, o carbono 14 é um isotopo radioativo que é absorvido normalmente do ar pelas plantas verdes. Quando os animais comem a grama eles também ingerem o carbono 14 e este se entranha em seus tecidos. Quando outros animais comem esses tecidos eles também ingerem o carbono 14, e assim por diante. Quando uma planta ou animal morre, eles não podem mais ingerir carbono 14. Nesse ponto começa a decadência da radioatividade. De acordo com os estudiosos, o organismo morto irá perder metade de sua radioatividade em 5.568 anos. Metade da metade restante irá se dissipar em 5.568 anos. Meias vidas dessas podem ser medidas efetivamente até 50.000 anos, medindo o C-14 remanescente em qualquer material não contaminado que em algum tempo esteve vivo. Mas parece que houve certa margem de erro nessa teoria, pois leituras oriundas de objetos da primeira dinastia do Egito deram 2.600 AC, enquanto se sabe que essa dinastia tinha 5 ou 6.000 AC. OS estudiosos pensavam que o C-14 na atmosfera era constante, mas na verdade havia mais em épocas mais remotas. Por isso estudos que indicam 3500 AC na realidade são de 4375AC, em anos reais. Existe pois uma discrepância e ela foi comprovada, entretanto os arqueólogos eurocentristas continuam aceitando as datas não recalibradas como as reais.
Datas calibradas para locais em geral os colocam antes do que os paradigmas estabelecidos. Pois as datas anteriores que são as reais, muitas vezes trazem embaraço para as teorias aceitas. Então são apenas ignoradas...
No caso da parede encontrada na floresta de Kaimanawa, os maoris proibiram as escavações, pois se forem descobertos restos de fogueiras ou objetos tais como pedaços de cerâmica utilitária, poderão fazer a datação por C-14 e talvez a parede apareça como muito anterior à vinda dos Maoris para a Nova Zelândia. Se pudessem ser encontrados objetos, mas os Maoris não permitem... Se em Tonga tem restos de pirâmides, por que não haveria na Nova Zelândia que fica há uma semana de veleiro grande!
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