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segunda-feira, 30 de julho de 2012

ANTILHAS HOLANDESAS DEIXAM DE EXISTIR NO MAPA


Curaçao
No sábado quando vi os dois atletas de Curaçao desfilarem com a bandeira do Comitê Olímpico Internacional, fiquei com a pulga atras da orelha e saí em busca do porque não haver mais a bandeira das Antilhas Holandesas: 
Foi oficialmente dissolvido o território autônomo das Antilhas Holandesas. Nascem dois novos países no Caribe, ao passo que três ilhas voltam a integrar o território da Holanda
O mapa do mundo mudou este domingo. O território das Antilhas Holandesas, entidade autónoma da coroa holandesa composta pelas ilhas de Curaçao, São Martim, Saba, Bonaire e Santo Eustáquio, foi dissolvido.
Até aqui, as cinco ilhas contavam com governo e parlamento comuns, sob dependência de Amesterdão. Para além da distância geográfica entre os territórios (Curaçao e Bonaire ficam a 65 km da costa da Venezuela; São Martim, Saba e Santo Eustáquio situam-se a leste de Porto Rico, cerca de 800 de quilómetros a norte), as diferenças culturais e económicas entre as várias ilhas era motivo de conflito político.
Dois novos países
A dissolução fora acordada em 2005 e comporta alguns efeitos imediatos. Curaçao, com cerca de 150 mil habitantes e uma forte indústria turística, passa a contar com governo e parlamento próprios, que tomaram posse no domingo. A ilha mantém duas línguas oficiais: o Neerlandês (Holandês) e o Papiamento, um idioma derivado do Português, com elementos indígenas, africanos, espanhóis e ingleses. A Rainha Beatriz da Holanda permanece como chefe de Estado, à imagem do que acontece com várias ex-colónias britânicas.
O mesmo acontece com o território São Martim, com cerca de 50 mil habitantes, que partilha a ilha do mesmo nome com Saint-Martin, unidade ultramarina francesa. São Martim, mais anglófona que Curaçao, pode desde já cobrar impostos, o que não acontece com a primeira ilha, que terá que aguardar alguns anos.
Amesterdão permanece responsável pela defesa e pelas relações externas das duas ilhas, cujos habitantes mantêm a cidadania holandesa. Curaçao e São Martim são agora, tal como Aruba desde 1986, países constituintes do Reino da Holanda.
Integração na Holanda
Saba, Bonaire e São Eustáquio, as ilhas mais pequenas das antigas Antilhas Holandesas, com um total de pouco mais de 18 mil habitantes, abdicam da autonomia e passam a ser municípios holandeses, devido ao elevado grau de dependência e às relações culturais próximas com o país europeu.
A relação entre as ilhas e a União Europeia permanecerá igual até 2015. Os cidadãos de São Martim e Curaçao têm passaporte europeu mas não estão abrangidos por grande parte da legislação comunitária, podendo no entanto votar para o Parlamento Europeu.
Nova moeda
As três ilhas menores serão a médio prazo totalmente integradas no espaço comunitário, mas não deverão adoptar o euro.
A partir de 1 de Janeiro de 2011, o dólar norte-americano começa a circular naquelas ilhas, devido à pequena dimensão dos três territórios e à proximidade dos Estados Unidos.

São Martim e Curaçao esperam até 1 de Janeiro de 2012 por uma nova moeda, o gulden das Caraíbas.
Noticia de outubro 2010 aqui

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