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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

MAYA PINES - ALIMENTOS E O CÉREBRO

A ligação se torna mais visível!
Em todas as pesquisas sobre a influência dos nutrientes sobre o cérebro, a idade é um fator preponderante. Antes e depois do nascimento, o cérebro está mais vulnerável; é durante os 3 últimos meses da gravidez, quando os neurônios do cérebro estão se dividindo e crescendo em velocidade máxima, e também nos primeiros 18 meses de vida, quando os neurônios desenvolvem suas funções especiais de modo que estejam em condições de enviar sinais a outras células e recebê-las. Uma alimentação equilibrada com proteína suficiente para mãe e filho é essencial durante esse período; de outra forma o cérebro do bebê pode ficar subdesenvolvido ou atrasado definitivamente.
Há evidências que mostram que crianças que, ao serem amamentadas ficaram subnutridas e cujas mães não receberam alimentação adequada no último período da gravidez, estas crianças mostraram um QI mais baixo do que outras e também que conseguiram se concentrar menos que outras crianças, mesmo quando depois receberam alimentação adequada. Por outro lado, crianças que até os 18 meses receberam proteínas suficientes e só mais tarde passaram pela subnutrição, conseguiram se  recuperar após receberam nutrição normal.
Pessoas idosas podem precisar mais de apenas uma alimentação equilibrada com proteínas suficientes. Ao envelhecer muitos neurônios cerebrais morrem e não são repostos. Esquecimento e vagareza são os resultados disso. "Pode-se considerar que se poderia oferecer um tônico para os idosos para contrabalançar esse processo de perda de neurônios de modo a alimentar muito bem os neurônios restantes" diz o Dr. Wurtman, "se houver muito poucos neurônios, deveria ser possível que se pudesse aumentar sua capacidade."
O método mais desejável seria através de um enriquecimento dos alimentos com nutrientes que afetam os neurotransmissores. Ao contrário dos medicamentos, esse métodos tem a vantagem de que os nutrientes são mais seguros e tem menos contra-indicações." Não se trata aqui de novas conexões - na verdade, são conexões bem antigas" diz o Dr. Wurtman. "O corpo humano aprendeu já nos primórdios da evolução a lidar com isso." Finalmente, acho que consideramos bem normal pegarmos determinados alimentos quando sofremos de insonia ou depressão, quando queremos melhorar nossa memória ou quando quisermos aliviar a dor - ou para os outros usos que os pesquisadores encontrem à medida em que descubram cada vez mais a conexão entre alimento e cérebro.

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