Discutia hoje com minha aluna Brígida Carla Malandrino, que defendeu a tese de doutorado em ciencias da religião cujo título é:
"Dimensões Utopicas das Expressões da religiosidade bantú no Brasil".
Me perguntava como é que o cristianismo permitia a escravidão e ela abriu o livro na página que diz: A posição da Igreja Católica frente à Escravidão. Eu não sabia que havia uma justificativa na Bíblia! Meu Deus!
"Na questão da escravidão, os primeiros religiosos chegados ao Brasil viram-se frente à sua legalidade jurídica, à capacidade da Companhioa de Jesus de possuirescravizados e ao titulo justo ou ijusto dos escravizados adquiridos. Em 1574, a Companhia de Jesus abriu mão de possuir escravizados em seus colégios na Europa, porém, no Brasil e nas Índicas, como não havia outro tipo de omão-de-obra adequada, os jesuitas serviram-se dos mesmos, mas trando-os de maneira diferente daquela que era feita pela classe senhorial. De qualquer forma, a Companhia de Jesus aceitou a escravidão no Brasil." "Apesar dos jesuítas referirem-se aos escravizados como indivíduos e não como coisas, informação a ser questionada, podemos perguntar-nos se os mesmos não eram entendidos como pessoas de segunda ordem. Existiam ideias defendidas e colocadas em prática pelos jesuítas, que se embasavam em um pressuposto teológico a respeito do negro e da escravidão, formando uma doutrina comum que foi aceita por quase todos ou pelo menos pela opinião pública.Ocorre que tal doutrina estava baseada em alguns temas bíblicos, tais como: a dupla criação; a maldição de Noé; o etíope, a transmigração babilónica, Cam, a escravidao como meio de salvação; a penitência e a disciplina necessária.
Aqui acaba entrando a teoria do mais forte de Darwin, o branco considerado mais apto na luta pela sobrevivência.
Assim, "a venda de um irmão era vista pelos portugueses como um ato de caridade, uoma vez que, com isso auxiliava o escravizado, introduzindo-o no mundo da salvação através do batismo administrado"!!!
Outro post com o texto da Bíblia! a seguir!
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