Powered By Blogger

segunda-feira, 27 de junho de 2011

INCONSCIENTE COLETIVO

Ao estudar os complexos, Jung descobriu outro nível da psique, ao qual chamou de inconsciente coletivo.
Rompendo com a noção de que tanto a mente consciente como a inconsciente eram originárias da experiência, Jung demonstrou que a evolução e a hereditariedade determinam a linha de ação da psique, assim como o fazem com o corpo físico. A mente, através de seu mediador, o cérebro, herda as características que determinam de que forma uma pessoa reagirá às experiências de vida, configurando-a previamente pela evolução. O homem está ligado ao seu passado pessoal, ao passado de sua espécie e à longa cadeia da evolução orgânica.
O inconsciente coletivo é o depósito das “imagens primordiais”, que se referem ao primeiro, ao mais primitivo desenvolvimento da psique.
Herdamos essas imagens do passado ancestral, que inclui os nossos antecessores humanos, pré-humanos e animais. São predisposições ou potencialidades no experimentar e no responder ao mundo tal como os nossos antepassados.
Os conteúdos do inconsciente coletivo ativam padrões pré-formados de comportamento pessoal, que a pessoa seguirá desde o seu nascimento.
Um exemplo: Temos no Inconsciente coletivo uma “imagem primordial” de “mãe”. Esta imagem expressar-se-á assim que o bebê tiver a percepção de sua mãe verdadeira, e a ela reagir. A imagem de “mãe” que está no inconsciente coletivo é a responsável pela nossa fácil identificação da figura materna e como reagimos a ela.
Os conteúdos do inconsciente coletivo são denominados arquétipos.
Os arquétipos são “formas sem conteúdo que representam apenas uma possibilidade de percepção e ação” (CWJung IX/1,§48). São universais – todos herdam as mesmas imagens arquetípicas básicas, que serão preenchidas pelo material da nossa experiência consciente.
Continuando o exemplo da Imagem pré-formada de “mãe”: assim que o bebê entrar em contato com sua mãe a imagem pré-formada será amplificada, sendo agora definida pela aparência e comportamento da mãe verdadeira e pelas experiências que terá com ela ao longo da vida.
Citamos anteriormente que os complexos residem no inconsciente pessoal e que são aglomerados de sentimentos, pensamentos e lembranças carregados de forte potencial afetivo. O arquétipo é o núcleo do complexo. Ele atrai para si experiências significativas, a fim de formar o complexo, tornando-se suficientemente forte para constituir o centro de um complexo bem desenvolvido, para poder se expressar na consciência e no comportamento.
Existe um número inimaginável de arquétipos, dentre os quais: pai, mãe, herói, criança, Deus, demônio, nascimento, morte, renascimento, sábio, embusteiro, sol, lua.
Alguns arquétipos desempenham papéis fundamentais na formação de nossa personalidade e de nosso comportamento. São eles: persona, anima e animus, sombra e o Si-mesmo.
 Poder-se-ia representar a psique como um vasto oceano (inconsciente) no qual emerge pequena ilha (consciente). 
Nise da Silveira
Nise da Silveira
       Poder-se-á representar a psique como um vasto oceano (inconsciente) no qual emerge pequena ilha (consciente).
Nise da Silveira
       Poder-se-á representar a psique como um vasto oceano (inconsciente) no qual emerge pequena ilha (consciente).

Nenhum comentário:

Postar um comentário