Nos dois mapas abaixo se vê a localização de CANANÈIA de hoje dentro da barra e dentro da baia do Trapande. Na época do descobrimento seria mais provável que os navios ancorassem na Ilha do Bom Abrigo, até o nome já indica que seria um local bom, com montanha e por isso com agua limpa de cachoeira para a reposição da agua para os barcos que iriam descer para a bacia do Prata. A Ilha de Cananéia é plana e a agua lá é salobra. E por que navios grandes iriam se arriscar a entrar pela barra se provavelmente não poderiam navegar ali devido ao baixo calado do canal? Então é mais provável que a primeira vila de Cananéia ficasse na Ilha do Bom Abrigo. Quem sabe não existam marcos e sinais disso por lá? Logo adiante da ilha do Bom Abrigo está a Ilha do Cardoso que também possui montanhas e cachoeiras, e lá foi encontrado um marco de mármore com as armas de Portugal, conforme foto abaixo:
Cara Henriette, muito prazer, meu nome é Alpheu Feddersen Jr. e sou um grande estudioso (amador) de História de São Paulo.
ResponderExcluirColaborando com seu post, tenho a dizer que o padrão foi posto provavelmente a mando de Martim Afonso de Souza que chegou a Ilha do (Bom) Abrigo em 12 de Agosto de 1531. Ele ficou ancorado nesta ilha por 44 dias, onde de lá foi conhecer o famoso e misterioso "bacharel de Cananéia", que já lá vivia por cerca de 30 anos (vide o livro do Eduardo Bueno). Foi lá que soube das histórias das pratas existentes no interior do continente (Peru) e despachou por terra um pelotão de 80 homens para explorar o interior. O pelotão foi dizimado pelos índios Carijós.
Em 26 de setembro, ele mesmo resolveu partir para explorar o Rio da Prata e seu navio naufragou próximo a Santa Catarina. Tomando outra nau, resolveu desistir da idéia e retornar para norte (mandou seu irmão Pedro continuar a missão do Prata). Em fins de janeiro de 1532, encontrou um lugar aprazível para aportar e lá foi fundada a cidade de São Vicente.
Estes dados estão contidos no livro "Quadro histórico da Província de São Paulo", de José Joaquim de Machado Oliveira, de 1864 (re-edição de 1978).
Observação: No livro, são mencionados 3 padrões da Coroa Portuguesa, este deve ser um deles.
Espero ter colaborado.
Atenciosamente,
Alpheu Feddersen, Jr.
alpheu@gmail.com
Muito legal voce comentar, gostei de saber e procurarei o livro que menciona de José Joaquim... Tudo que tem a ver com SP e principalmente o litoral sul me interessa e muito. Sempre benvindo!
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