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terça-feira, 23 de novembro de 2010

VONTADE DE VOLTAR À ILHA DE MARAJÓ

De tanto ler sobre cerâmica marajoara e de tanto arranjar e rearranjar meus exemplares dessa cerâmica lá no sitio, no novo armário que montei lá, fiquei com vontade de voltar para lá. E visitar os locais a que não fui, nas ocasiões em que lá estive. Aliás, uma vez quase comprei uma casa antiga, na frente da praia. Fiquei bem tentada, mas que casa de praia mais longínqua, né? Ainda bem que não comprei. Nas vezes em que lá estive, foi apenas para relaxar, ver búfalos, comer carne de búfalo, ver apresentações de Carimbó, tomar sorvete de cupuaçu, e andar à toa, deitar na rede e dormir! Gostoso demais. Tão simples, tão sem requinte algum. Bem do meu jeitão.

 Mas se for agora vou ao lago Arari, ao Pacoval, ao bairro dos Joanes (Johannes pelo jeito holandeses), enfim todos os lugares em que houve escavações. E o Museu Marajoara do Padre Giovanni Gallo, homem duro que defendeu o Marajó com unhas e dentes embora fosse italiano. Tenho um de seus livros:   "MARAJÓ A DITADURADA ÁGUA é o retrato falado de quase dez anos de vida participada em todos os níveis, acompanhando os pescadores na pesca do mato, vivendo com eles no galho do pau ou numa pequena embarcação ba imensidade do mondongo. Bichos, visagens, pajelança, medicina da terra, experiência pastoral são os ingredientes da vida deste padre no Marajó que os brasileiros não conhecem. É a coleção e a seleção dos artigos publicados em “O Liberal” e “O estado do Pará”. Comenta Dalcídio Jurandir:“O que me chama a atenção: o Padre Giovanni meteu os pés, fundo, na lama do Marajó e puxa daí as suas reportagens, como tambaquis, trazendo a tona os mil problemas da ilha”. “O padre sente de perto as aflições daquele povo que vive em metade d’água e em metade lama, seguro da pescaria, na vaqueiragem e na caça. Padre Giovanni tem em grande conta o cidadão do mundo, solitário, desamparado,que é o habitante de Jenipapo”. “O nosso padre italiano é admirável... que qualidade de sábio repórter! O povo, os bichos, as águas sabem conviver com ele. O padre enfrenta a realidade, não simplifica. Tem uma dose de compreensão da mais alta. Lendo-o fico com minhas raízes marajoaras estremecendo”. “Italiano danado, padre de fibra e corda fina”.

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