Carlos Castañeda escreve em seu livro O Poder do Silêncio:
Dom Juan dizia que o silêncio interior era o estado buscado com maior avidez pelos xamãs do antigo México. Ele o definia como um estado natural da percepção humana, no qual os pensamentos são bloqueados e todas as faculdades do homem operam de um nível de consciência que não requer a utilização do nosso sistema cognitívo diário.
Para os xamãs da linhagem de Dom Juan, o silêncio interior sempre tem sido associado à escuridão, talvez porque a percepção humana, privada do seu companheiro habitual, o diálogo interno, caia em algo que se assemelha a um buraco escuro. Ele dizia que o corpo funciona normalmente, mas a percepção se torna mais aguda. As decisões são instantâneas e parecem provir de um tipo especial de conhecimento que é destituído de verbalizações mentais.
De acordo com Dom Juan, a percepção humana, funcionando em condição de silêncio interior, é capaz de atingir níveis indescritíveis. Alguns daqueles níveis de percepção são mundos em si e de modo algum são como os mundos alcançados através do sonhar. Eles são indescritíveis e inexplicáveis em termos dos paradígmas lineares que o estado habitual da percepção humana emprega para explicar o universo.
No entendimento de Dom Juan, o silêncio interior é a matriz para um passo gigantesco de evolução: o conhecimento silencioso ou o nível da consciência humana no qual o saber é automático e instantâneo. Nesse nível o conhecimento não é produto da cogitação cerebral, da indução e da dedução lógica ou de generalizações baseadas em semelhanças e diferenças. No nível do conhecimento silencioso não existe nada a priori, é iminentemente agora. Peças complexas de informação poderiam ser captadas sem quaisquer preliminares cognitivas.
Dom Juan acreditava que o conhecimento silencioso era insinuado para o homem primitivo, mas que o homem primitivo não era realmente o possuidor do conhecimento silencioso. Tal insinuação era infinitamente mais forte do que a que o homem moderno experimenta, na qual a carga de conhecimento é produto de aprendizado rotineiro. É um oxioma dos feiticeiros o fato de que, embora tenhamos perdido aquela insinuação, a avenida que conduz ao conhecimento silencioso estará sempre aberta ao homem através do silencio interior.
Dom Juan ensinava a linha inflexível da sua linhagem: que o silêncio interior deve ser obtido através de uma pressão consistente de disciplina. Precisa ser acumulado ou armazenado pouco a pouco, segundo por segundo. Em outras palavras, a pessoa precisa se forçar a ficar em silêncio, mesmo que seja apenas por alguns segundos. De acordo com Dom Juan, era conhecimento comum entre os feiticeiros que, se a pessoa persiste, a persistência supera o hábito e, assim, é possível chegar a um limiar de segundos ou minutos acumulados, que difere de pessoa para pessoa. Se, para um determinado indivíduo, o limiar do silêncio interior for de, por exemplo, dez minutos, uma vez que esse limiar é atingido, o silêncio interior acontece por si mesmo, espontaneamente por assim dizer.
Tenho so livros em português e depois consegui os mesmos em inglês, mais interessante, pois as traduções sofreram um pouco, não houve continuismo de um livro para outro, pois usaram diferentes tradutores que usaram termos diferentes para as mesmas coisas.
Dom Juan dizia que o silêncio interior era o estado buscado com maior avidez pelos xamãs do antigo México. Ele o definia como um estado natural da percepção humana, no qual os pensamentos são bloqueados e todas as faculdades do homem operam de um nível de consciência que não requer a utilização do nosso sistema cognitívo diário.
Para os xamãs da linhagem de Dom Juan, o silêncio interior sempre tem sido associado à escuridão, talvez porque a percepção humana, privada do seu companheiro habitual, o diálogo interno, caia em algo que se assemelha a um buraco escuro. Ele dizia que o corpo funciona normalmente, mas a percepção se torna mais aguda. As decisões são instantâneas e parecem provir de um tipo especial de conhecimento que é destituído de verbalizações mentais.
De acordo com Dom Juan, a percepção humana, funcionando em condição de silêncio interior, é capaz de atingir níveis indescritíveis. Alguns daqueles níveis de percepção são mundos em si e de modo algum são como os mundos alcançados através do sonhar. Eles são indescritíveis e inexplicáveis em termos dos paradígmas lineares que o estado habitual da percepção humana emprega para explicar o universo.
No entendimento de Dom Juan, o silêncio interior é a matriz para um passo gigantesco de evolução: o conhecimento silencioso ou o nível da consciência humana no qual o saber é automático e instantâneo. Nesse nível o conhecimento não é produto da cogitação cerebral, da indução e da dedução lógica ou de generalizações baseadas em semelhanças e diferenças. No nível do conhecimento silencioso não existe nada a priori, é iminentemente agora. Peças complexas de informação poderiam ser captadas sem quaisquer preliminares cognitivas.
Dom Juan acreditava que o conhecimento silencioso era insinuado para o homem primitivo, mas que o homem primitivo não era realmente o possuidor do conhecimento silencioso. Tal insinuação era infinitamente mais forte do que a que o homem moderno experimenta, na qual a carga de conhecimento é produto de aprendizado rotineiro. É um oxioma dos feiticeiros o fato de que, embora tenhamos perdido aquela insinuação, a avenida que conduz ao conhecimento silencioso estará sempre aberta ao homem através do silencio interior.
Dom Juan ensinava a linha inflexível da sua linhagem: que o silêncio interior deve ser obtido através de uma pressão consistente de disciplina. Precisa ser acumulado ou armazenado pouco a pouco, segundo por segundo. Em outras palavras, a pessoa precisa se forçar a ficar em silêncio, mesmo que seja apenas por alguns segundos. De acordo com Dom Juan, era conhecimento comum entre os feiticeiros que, se a pessoa persiste, a persistência supera o hábito e, assim, é possível chegar a um limiar de segundos ou minutos acumulados, que difere de pessoa para pessoa. Se, para um determinado indivíduo, o limiar do silêncio interior for de, por exemplo, dez minutos, uma vez que esse limiar é atingido, o silêncio interior acontece por si mesmo, espontaneamente por assim dizer.
Tenho so livros em português e depois consegui os mesmos em inglês, mais interessante, pois as traduções sofreram um pouco, não houve continuismo de um livro para outro, pois usaram diferentes tradutores que usaram termos diferentes para as mesmas coisas.
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